terça-feira, 8 de março de 2011

Guerra dos sexos

Em plena sociedade moderna a expressão “Guerra dos Sexos”, ainda existe no relacionamento homem e mulher. Essa “guerra” pode ser vivenciada no mercado de trabalho e nas relações entre o sexo feminino e masculino. No entanto, o cenário começa a mudar, já que cada vez mais mulheres conquistam espaço de destaque na sociedade.
Por muitos anos a imagem das mulheres ficou relacionada à figura doméstica. Principalmente na imprensa feminina da época as mulheres eram conhecidas como “Pobres rainhas tristes”; rainha do lar, mas infeliz por não ter direitos como o voto e espaço restrito na sociedade.
Até metade do século XIX as mulheres não tinham o direito de expressão e o espaço reservado a elas nos jornais e revistas eram insignificantes tratando apenas de assuntos como moda e literatura. Uma boa esposa deveria saber se vestir, entender de poesias e servir o marido mesmo sem sentir prazer, uma forma de violência contra a mulher que atualmente ainda existe.
Segundo a professora e socióloga Júlia Simões Moita, a mulher ainda continua sendo vítima da violência masculina, além disso, se desgasta com a dupla jornada; trabalhando fora e em casa. Júlia Moita também classifica a busca pelo corpo perfeito como uma violência contra a mulher. “Além de ter problemas em casa e no trabalho, a mulher ainda tem que lutar contra a ditadura da beleza”.
Para a socióloga não existe mais guerra entre os sexos, pois em muitos casos homens e mulheres exercem as mesmas funções sem nenhum conflito. Mas o preconceito ainda está presente em relação ao sexo feminino, já que muitas mulheres ganham salário inferior exercendo os mesmos cargos destinados aos homens.

Muitos dos direitos conquistados pelas mulheres foram alcançados através de três ondas feministas. A primeira no XIX surgiu na França, entre as principais reivindicações estava o direito ao voto. As outras duas ondas feministas tiveram como objetivo a ampliação do espaço para a mulher na sociedade.
No Brasil a lei Maria da Penha foi criada com o objetivo de proteger a mulher contra qualquer tipo de violência seja ela física, moral e sexual. Através dessa lei as mulheres podem denunciar seu agressor com segurança e sem sofrer ameaças. No entanto, a lei Maria da Penha não resolve todos os problemas relacionados à violência contra o sexo feminino.

Sobre o Dia 8 de Março

O Dia 8 de Março ou Dia Internacional da Mulher, teve sua origem a partir das manifestações de operárias russas por “paz e pão”, no ano de 1917. As operárias lutavam para ter melhores condições de trabalho nas fábricas, já que o ambiente era úmido e a jornada de trabalho era muito longa, muitas vezes levando as mulheres a adoecerem.
Para muitas pessoas o Dia Internacional da Mulher é um dia exclusivo de comemorações e motivo para presentes. A real intenção do dia 8 de março é abrir mais espaço na sociedade para as mulheres. É o dia que as mulheres ganham espaço para tratar de temas não rotineiros nos noticiários diários, mas existentes no dia-a-dia do sexo feminino.

E a Guerra dos sexos?

Essa expressão definitivamente pode cair. Homens e mulheres não vivem em guerra. Ambos estão convivendo em situação pacífica na sociedade. Mas, a mulher ainda é considerada sexo frágil e infelizmente vítima de violência.
O cenário entre homens e mulheres melhorou muito nos últimos anos. Comprova-se isso no mercado de trabalho, local em que homens e mulheres convivem sem nenhum arsenal bélico, exceto quando o assunto é promoção.

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