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Elas
têm um pouco de menina, o amor fraternal de mãe, a delicadeza de uma rosa e ao
mesmo tempo, uma força avassaladora. São formadas de muitas qualidades,
essencialmente mulheres. O mês de março inicia-se com uma data em comemoração
ao Dia Internacional da Mulher, a ocasião não tem como finalidade a especulação
comercial, mas sim um momento de reflexão sobre a trajetória feminina na
sociedade ao longo dos anos.
Decretada
em 1975, pela Organização das Nações Unidas (ONU), a data tem raiz histórica em
uma manifestação realizada no dia 8 de março de 1857 por artesãs de uma
tecelagem da cidade de Nova Iorque, cuja finalidade era reivindicar melhores
condições de trabalho- entre elas, aumento dos salários, redução da carga
horária e melhor infraestrutura, pois as fábricas tinham muita umidade e
causavam doenças, que muitas vezes, levavam as operárias ao óbito. Para
reprimir o movimento, as mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi
incendiada. Há relatos que cerca de 130 tecelãs foram mortas.
A história da mulher na sociedade sempre foi
acompanhada de muitas lutas. Para que elas pudessem ter direito ao voto,
educação e emprego foram necessárias três revoluções feministas que tiveram
como objetivo libertá-las das imposições sociais que lhes eram atribuídas, uma
delas, o direito de amar. Aos poucos, as mulheres conseguiram vitórias,
todavia, ainda sofrem muitos desafios.
Violência
sexual, moral e doméstica, em alguns casos exercem as mesmas funções dos homens
e ganham menos, exercem tripas jornadas de trabalho- emprego, casa e filhos- e
a nova violência do século XXI, a ditadura da beleza. São males que ainda
persistem na sociedade depois de séculos e revoluções.
Há quem ousa dizer que a mulher é o
sexo frágil. Como encontrar fragilidade no corpo e na alma de mulheres que
deram a vida em busca de cidadania? Onde há fraqueza nos braços de uma mãe que
segura seu filho depois de nove meses de espera? Em que lugar está a debilidade
de trabalhadoras que enfrentam uma rotina diária de trabalho, cuidados com os
filhos e com a vida amorosa? A resposta está na força de quererem respeito e
reconhecimento não só em 8 de março, mas em todos os dias da semana, do mês e
do ano.
Neste Dia Internacional da Mulher
não queremos apenas rosas e uma caixa de chocolates, a luta de 130
trabalhadoras não foi para isso, mas sim em busca de uma causa mais urgente.
Precisamos de respeito, atenção e compreensão, pois não somos perfeitas o tempo
todo. Muito bem colocado pela escritora Lya Luft em sua “canção para as
mulheres”, queremos, “que o outro entenda que mesmo se às vezes nos esforçamos, não
somos, nem devemos ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e
forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.”
Um comentário:
Eu me apaixonei pelos seus textos! Eles são diretos e inspiradores, também me fazem refletir. Porque não continua a escrever aqui?
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