sábado, 20 de março de 2010

E eu tenho uma paixão chamada jornalismo

Vou começar esse texto lembrando de quando eu era apenas uma criança e brincava de jornalista com a escova de cabelo, o espelho era a câmera e mesmo no calor eu me enfiava dentro das blusas de frio; o figurino era completo. E às vezes sentia forte emoção quando o Jornal Nacional entrava no ar. No colégio tenho que admitir nunca fui muito boa em matemática, sempre achei os números muito frios e nunca entendi e ainda não entendo o sentido e a origem daquelas fórmulas de Pitágoras e companhia limitada. Meu forte estava com as letras, com as palavras; gostava de juntar cada uma delas e fazer com que ganhassem sentido e significassem algo.

Cresci um pouco ou extremamente tímida, mas meu amor pelas palavras só cresceu cada dia; eu, o papel e o lápis; um trio em perfeita harmonia ainda mais se tiver uma música no fundo. Está aí uma coisa engraçada, ninguém entende com sou capaz de escrever ou estudar com o som na última altura, de preferência ouvindo rock. Na verdade nem eu sei explicar, só sei que a música é o que me impulsiona a escrever, entre baterias e guitarras eu preencho folhas e folhas de textos.

E o jornalismo? Ah o meu grande amor, esse tem tudo a ver comigo; a cada aula sinto que já conhecia todas as teorias, modos e pirâmides invertidas de longa data. Na verdade, me apaixono por essa profissão dia após dia. Simplesmente pelo fato de saber que um dia o que escrevo vai estar impresso em um jornal; não pela fama; mas por saber que poderei contribuir para que as pessoas e a sociedade sejam um pouco mais justas. Desde que entrei na faculdade já sabia que o papel do jornalista é esse, e não aparecer na televisão, ser capa de revista ou ganhar prêmios. Na realidade o maior prêmio que se pode ganhar no jornalismo, é causar uma modificação no pensamento e nas atitudes das pessoas.

Quando estudo a Ditadura Militar e a história dos jornalistas assassinados neste período, sinto um aperto enorme e ao mesmo tempo orgulho por saber que em uma época de censura e repressão, esses profissionais deram suas vidas para cumprir o dever de lutar a favor da informação e dos direitos da sociedade. Eu seria um deles; amo tanto essa profissão que colocaria minha vida em risco.

Eu a amo mais do que se possa imaginar e por isso debruço sobre livros e teorias, escrevo todos os dias embalada não só pelas baterias e guitarras, mas também pelo forte desejo de mudança através da força das palavras, motivo pelo qual decidi e farei a diferença no jornalismo.

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