sexta-feira, 7 de maio de 2010

O retrato da pedofilia



Bebês de colo e crianças menores de 16 anos são vítimas de abusos sexuais muitas vezes cometidos por familiares


A população é constantemente alertada sobre o alto índice de pedofilia que acontece em diversos lugares como cidades turísticas, igrejas e na maioria das vezes dentro do próprio lar dessas crianças. Muitas delas ainda são bebês que ainda dependem dos cuidados maternos, outras vítimas são meninos e meninas; que têm idade para brincar de carrinhos e bonecas.

Muitas são as perguntas sobre a pedofilia. Os estudos de psicanalistas tentam encontrar uma definição e as razões para que um adulto sinta prazer em olhar crianças despidas e abusar sexualmente delas, até de lactentes. Perguntas respondidas ou não, a pedofilia é motivo de grande repúdio na sociedade, não só no Brasil, mas em vários países.
Para a psicanálise, a pedofilia é definida como uma perversão sexual, na qual não se trata de uma doença, mas de uma parafilia, ou seja, um distúrbio psíquico que se caracteriza pela obsessão de práticas sexuais não aceitas pela sociedade. A internet é utilizada como o maior veículo de propagação da pedofilia.

Nos últimos meses, o Vaticano teve que se pronunciar a respeito do assunto, já que vários padres e alguns bispos foram acusados de envolvimento com a pedofilia. Muitos casos não envolvem relações sexuais diretas com penetração. No entanto, toques nas partes íntimas, carícias e imagens de crianças em poses eróticas são consideradas agressões.

Os agressores não escolhem endereços. Uma criança pode ser vítima de pedofilia em qualquer lugar, até nas igrejas e na maioria dos casos dentro do próprio lar, onde deveriam estar protegidas de qualquer tipo de humilhação e violência. Segundo dados levantados pelo Laboratório de Estudos da Criança (Lacri), da Universidade de São Paulo (USP), durante 2001, 1723 casos de violência sexual contra crianças aconteceram no ambiente doméstico. Quando a violência acontece em casa é ainda pior, as vítimas muitas vezes ficam em silêncio, deixando o agressor impune.

Uma criança vítima de pedofilia fica com seqüelas emocionais por toda a vida. Entre os danos estão à má formação de estruturas cerebrais, depressão, propensão para o uso de álcool e drogas e 25% de chance para ser um futuro agressor.

No Brasil algumas leis foram criadas com o objetivo de combater a pedofilia. Todavia, o silêncio das vítimas é a barreira que impede o fim do triste cenário da pedofilia.

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