domingo, 26 de setembro de 2010

20 anos!



Meu aniversário está chegando. Refletindo sobre o tempo sou muito grata por ter nascido em 1990. Cresci assistindo desenhos da Tv Colosso, brincando de Barbie, fazendo casinhas na terra que tinha no quintal da casa dos meus avós. Ouvi muito Pato Fu, Los Hermanos, Adriana Calcanhoto e não Restart e Justim Bier.


Escrevi muitos textos em papéis de carta. Minha letra ainda era irregular, porém eu já sentia um amor imenso por elas e ódio mortal dos números. Li todos os livros do Cachorrinho Samba, Cavalheiros da Tavolta Redonda, Mitologias Gregas. Na adolescência conheci Machado de Assis e por Dom Casmurro me apaixonei. Um livro, um amigo e um amor.


Machado de Assis ainda intrigou-me com Memórias Póstumas de Brás Cubas. Perfeição física não é nada. Talvez a manca que você desprezou seja a única que vá ao seu velório. Mas, em um belo dia sou apresentada à obra de Clarice Lispector. A mais pura explicação da minha personalidade em um livro.


E o cinema? Bom, sempre achei o Harry Potter um máximo. Porém com o passar dos anos fiquei um pouco mais critica para cinema. Não é qualquer coisa que me agrada. Exceto quando se trata de Casablanca, E o vento Levou, Persona e Cinema Paradiso.


Quanto aos amigos, muitos passaram por esses vinte anos. Alguns tiveram pequena participação, mas me lembro com saudade das meninas que brincavam de boneca comigo, amigos da escola, da faculdade e dos amigos que estão longe. Pois cada coisa que vejo vem com um caminhão de lembranças gostosas.


Nesse dia nove de outubro chego aos vinte anos de idade. Com a missão de ser Neta, Filha, Irmã, Tia, Sobrinha, Prima, Amiga, Jornalista e quem sabe um dia esposa e mãe. Principalmente com a exigência de ser Feliz e fazer todos ao meu redor felizes.


Talvez eu continue um pouco igual à Andresa de cinco anos que erguia os pezinhos quando pisava na terra. Continuo usando Melissa, um pouco dondoquinha com cabelo bem penteado, sapatinho boneca e pele branquinha. Graças a Deus só na aparência, pois sou bem diferente do que muitas pessoas pensam.


Posso ser uma rosa vermelha no meio do breu, um sorriso na lágrima, uma mão esquentando o frio, piano no rock, a mulher vestida de menina, a meiguice na falta de educação, o rosa no marrom e a classe em qualquer ocasião.

Não preciso dizer que amo, pois amo com o coração, não com palavras. As pessoas que amo deixo livre, se a mim pertencerem o destino dará conta. Gosto de liberdade e na liberdade gosto que todos fiquem. Não cobro amor, pois ele é um sentimento e não obrigação.


Continuo livre, assim como quando eu era criança e corria livre na terra a fora.

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi adorei seu texto sobre seus 20 anos,o que me tocou mais foi o final. Parabéns!!