domingo, 18 de julho de 2010

Clarice Lispector me entendeu

É impossível alguém imaginar que em um livro escrito há muitos anos atrás, bem antes do seu nascimento; responder todas as perguntas da sua vida. Pois, vejo que é possível, eu tive essa experiência e estou encantada.

Clarice Lispector em minha concepção é mais do que uma escritora. Em seus livros simplesmente encontro as explicações de todas minhas angústias. A cada página é como se eu estivesse em uma longa conversa com minha alma e todos meus sentimentos.

Cada frase me define. Eu posso ser doce como um mel e amarga como um limão. Até mesmo ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania, depende de quando e como você me vê passar. É genial!

Ainda não entendo muito de literatura e nem li todos os livros existentes nas livrarias, mas Clarice me intriga. Até hoje nenhum autor defendeu os defeitos dos seres humanos e muito menos os definiu com base para o sustento de nossas vidas. Para Clarice, alguns de nossos defeitos podem nos sustentar.

Basta apenas lutarmos pelos nossos sonhos e aceitar o modo que somos. Lispector é contra a padronização da personalidade. Segundo ela, não se pode inventar uma realidade; somos o que somos; isso merece aceitação e principalmente respeito.

A mulher para Clarice não tem identidade, ela é feita de dualidades. Ao mesmo tempo em que é forte pode ser frágil. Eu me sinto assim, tem dias que meus braços acolhe todos, depois eu preciso ser acolhida. Como saber se devo ser forte ou não? Não existe força e fraqueza, nós seres humanos somos dualidades; assim como o bem e o mal. Temos ataques de fúria, carência, excesso de amor e alguns momentos de omissão.

Na maioria dos dias as pessoas me vêem passar como uma brisa, mas também sou tempestade. Desculpas peço para meus amigos; gostaria muito de estar ao lado de todos e se não estou, não é proposital; minha luta é para um mundo melhor. Poucos dias sou tempestade, apenas quando não sou compreendida.

Não me entendeu? Sem problemas, alguém já me entendeu, até eu entendi; claro nas páginas escritas por Clarice Lispector.


E você? Como você me vê passar?

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